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  • Foto do escritorCarolina Lucas

Política para não ser idiota.

Tendo em vista nossa atual situação no âmbito político, farei uma apresentação de uma curta porém inspiradora obra, que sem duvidas tem muito a acrescentar em nossa atualidade .

A expressão idiótes em grego caracteriza o ser fechado em si mesmo, que é aderente somente à vida privada e de certa forma recusa a vida pública, enquanto que o ser político é aquele que justamente se dedica à vida pública e torna seus atos individuais em atos coletivos, sempre buscando uma equilibrada convivência na polis(cidade).


Segundo Mario Sergio Cortella, o que se fez foi um sequestro semântico na qual o conceito original de “idiota” foi invertido, ou seja:

''Tomamos com certa frequência como idiota aquele que se interessa por política e não o ser que é fechado em si mesmo. ''


Foi para contrapor essa constante e atual inversão de conceitos que o filosofo Mario Sergio Cortella se juntou com o também filosofo Renato Janine Ribeiro para fazer uma breve reflexão sobre política e idiotice em nossos tempos.

A obra “Política: Para não ser idiota” conta com um instigante, reflexivo, provocador e bem humorado dialogo filosófico que é essencialmente sobre a política de base no meio social. A proposta é justamente descartar qualquer tipo de preconceito formulado de forma equivocada e distorcida sobre o fazer política. A obra em questão tem uma evidente preocupação com o desinteresse político que toma de conta da atual sociedade, que acaba colocando esse campo que é essencial para a convivência pública como um fator negativo e de idiotas, chegando a ser comum expressões como: “Não me meto em política” ou “não sou nem político para fazer tal coisa”. Em resposta a tais expressões, somos convidados pelos autores para emergir no mundo da política do dia-a-dia, nas atitudes que parecem ser mínimas mas que no final das contas possuem um grande peso político, atitudes estas alias, que estamos constantemente cometendo, portanto sendo políticos.

Mais do que uma breve reflexão sobre o fazer política social, o livro conclama as pessoas a se interessarem pela política do cotidiano, colocando o indivíduo como o fator primordial para uma construção de uma sociedade politicamente educada. Para atingir tal fim, a obra em questão nos apresenta um debate inspirador, onde são abordados temas como a participação na vida pública, o embate entre liberdade pessoal e bem comum, os vieses de escolhas e seus constrangimentos, o descaso dos mais jovens em relação à democracia, entre outras questões que são essências para o exercício da cidadania. Afinal de contas, que ato é mais político se não o de conviver em sociedade?


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