top of page
  • Foto do escritorCarolina Lucas

Democracias representativas e suas principais nuances.


O debate em torno do que é democracia não é algo novo, que vem desde a Grécia antiga através dos princípios Aristotélicos e Platonistas acerca do que seria o modelo ideal de democracia e as principais características que designa a mesma. Através disso, grandes teóricos do século XX como Schumpeter, Robert Dall e Jürgen Habermas formularam novas perspectivas em torno do que é democracia. A partir desta publicação pretendo mostrar de maneira simplificada e generalizada as principais concepções entorno do princípio democrático ideal através das correntes teóricas elitistas, liberais-pluralistas e deliberativas.


O MODELO ELITISTA DE JOSEPH SCHUMPETER.


Schumpeter foi um grande economista e cientista político que baseado na teoria de Max Weber que entendia a democracia como (como um mecanismo institucional para colocar no poder os mais aptos na luta por votos) sendo assim, o mesmo defendia que os governantes deveriam ter vocação e qualificação para assumir postos no governo. A partir desta perspectiva, Schumpeter acreditava que o ideal democrático era quando os cidadãos que possuam o mínimo de entendimento acerca da vida pública votassem de forma consciente para a escolha dos seus representantes ( fortalecendo o monopólio), pois a população em geral não possuía nenhum tipo de ''inteligência'' para administrar o bem público. Surgindo assim, a teoria das elites.



TEORIA PLURALISTA DE ROBERT DAHL

Sendo o principal crítico da teoria das elites de Schumpeter, Robert Dahl reformula a teoria democrática contemporânea implementando a linha pluralista a partir do sistema político denominado como poliarquia. Para Dahl, era extremamente necessário que todos os cidadãos se integrassem de forma ativa no bem público e o principal modo para isto é através do voto universal. Este modelo de inclusão de minorias e maior participação política da população é chamada de poliarquia que para o cientista é, todo o sistema político com sufrágio amplo e garantia das liberdades e oportunidades individuais que protegem a liberdade de expressão, a liberdade de associação, o acesso à informação, a existência de eleições livres e a competição eleitoral ampliada.


O MODELO DE DEMOCRACIA DELIBERATIVA DE HABERMAS

A corrente liberal-pluralista vem sido fortalecida ao longo dos anos através de importantes teóricos como Jürgen Habermas que enfatiza os mecanismos da prática política. Através disso, Habermas afirma sua postura política através da defesa da teoria da ação comunicativa, que propõe um nível de comunicação ideal, onde, por definição, a exclusão não pode ocorrer. Para estabelecer esse nível de diálogo entre as partes interessadas, Habermas sugere a adoção de três importantes regras: pode-se apresentar qualquer contribuição relacionada ao tema em questão; leva-se em conta apenas os argumentos racionais; há uma busca pelo consenso. A primeira regra propõe a exclusão de quaisquer tipo de repreensão acerca dos valores; a segunda visa estabelecer uma relação de igualdade e neutralização de aspectos sociais, econômicos e políticos e para finalizar, a terceira propõe parâmetros para promover a efetividade nos debates e assim estabelecer um processo de deliberação.



1 visualização0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page